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Educação Ambiental – As crianças do Mel da Pedreira se encontram com as Abelhas Nativas sem Ferrão da Amazônia

Fotografia: Elizeu Cirilo, Comunidade Mel da Pedreira, Macapá-Amapá-Brasil

InfoNéctar nº016/2019

No dia 30 de abril de 2019, uma agenda educativa de muito impacto socioambiental, marcou o dia de sol da Comunidade do Mel da Pedreira cerca de 30 km de Macapá, capital do Amapá. A Comunidade é referência na Meliponicultura organizada na Amazônia. Ao colocar o Amapá em destaque na Cadeia de Valor do Mel de Abelhas sem ferrão (Meliponicultura na Amazônia) de maneira transparente e inclusiva.

Na ocasião desta agenda, um trabalho pioneiro com as abelhas nativas sem ferrão da região foi apresentado aos alunos que estudam na escola da Comunidade. A vivência ocorreu no Meliponário, em conjunto com as professoras e o técnico e empreendedor na Meliponicultura Elizeu Cirilo. Foi uma ótima oportunidade de construir e trocar conhecimentos sobre o Meio Ambiente e os Meios de Vida da comunidade. E nesse caso, envolveu um elemento chave da natureza, as abelhas.

Não é necessário relatar aqui o número de crianças que estavam lá, pois, somente o fato de serem crianças, já representa indicadores importantes, os quais impactam a realidade da comunidade e seus Meios de Vida. Isto porque, este trabalho envolve a preparação de uma nova geração de crianças e jovens, com olhar voltado para aos elementos da sociobiodiversidade, os quais são parte da realidade da comunidade, neste caso especial com as abelhas nativas sem ferrão da região. As abelhas da Amazônia.

Hoje (03/05/2019) o tempo é de muita chuva na Amazônia, em função do inverno, que as vezes é bastante rigoroso. Neste período nossas abelhas sentem escassez de recursos. Sendo algumas vezes necessário um alimento de apoio, o tal do “xarope”. Porém, em função das fortes chuvas, o nível de água aumentou bastante na comunidade e por alguns centímetros, um patrimônio incalculável de aproximadamente 400 colmeias de abelhas sem ferrão não foi perdido. As mudanças climáticas impactam toda a humanidade.

 

Lembramos que organizar um trabalho desse nível leva um tempo. Ele é parte de uma vida em busca de apropriar atores locais para o uso da tão cobiçada biodiversidade da região. E que ao longo da jornada e em função de muitos desafios e barreiras naturais, algumas impostas de maneira covarde pelo homem, criam impedimentos a dignidade das pessoas. Porém, a maior barreira de fato, é o próprio homem, com seus desserviços ecológicos ao replicar modelos insustentáveis.

Parabéns Elizeu Cirilo, cuide das suas abelhas e das crianças da Comunidade do Mel da Pedreira!